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Marcos Monteiro·05 de agosto de 2019
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Marcos Monteiro·05 de agosto de 2019
De acordo com informações da agência de notícias russa RIA Novosti, o Zenit cogita negociar Malcom. O clube de São Petesburgo comprou o jogador na última semana por 40 milhões de euros (R$ 171 milhões), mas estaria disposto a abrir mão do ex-Corinthians após manifestações racistas por parte da torcida.
O incidente ocorreu no último sábado (3), no jogo de estreia de Malcom, contra o Krasnodar, pelo Campeonato Russo. A ala mais radical da torcida do Zenit estendeu uma faixa onde dizia:
“Obrigado aos diretores por respeitarem nossas tradições”, referindo à “tradição” de não contar com atletas negros no elenco.
Uma fonte brasileira ligada ao caso admitiu à agência de notícias que a diretoria do Zenit cogita negociar o jogador já na próxima janela de transferências.
“Talvez o Zenit venda o Malcom já em janeiro [na próxima janela de transferências] devido aos problemas de racismo. Os torcedores do Zenit não o aceitam”, afirmou.
Após a polêmica, o clube divulgou uma nota oficial onde nega as especulações sobre uma possível venda e também minimiza a manifestação.
“O Zenit Football Club sabe que uma faixa foi revelada por um pequeno número de pessoas e que o significado dessa declaração foi deturpado. E, com base nessas deturpações, conclusões incorretas foram tiradas que não têm base na realidade”, afirmou o comunicado.
“Há muito que o clube apoia e instiga iniciativas anti-racistas, inclusivas e de igualdade e continuará a fazê-lo agora e no futuro”, prosseguiu.
Em resposta ao jornalista da ESPN Brasil, Leonardo Bertozzi, o clube afirmou, através de seu Twitter, que pretende manter Malcom no time “por muito tempo”.
A faixa não foi a única manifestação racista por parte da torcida do Zenit. Um manifesto assinado por várias organizadas do clube foi entregue à diretoria. Nele torcedores enumeram exigências para que o Zenit contrate novos reforços.
“Agora os jogadores negros de futebol estão sendo impostos quase pela força ao Zenit. E isso causa apenas uma reação adversa. Deixe-nos ser o que somos”, afirmou o manifesto.
Foto: Twitter/Zenit