Vasco repudia gritos homofóbicos e tenta evitar perda de pontos | OneFootball

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Vitor Geron·26 de agosto de 2019

Vasco repudia gritos homofóbicos e tenta evitar perda de pontos

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O Vasco divulgou uma nota nesta segunda-feira para lamentar a ocorrência de gritos homofóbicos que chegaram a paralisar o jogo contra o São Paulo neste domingo.

O clube também manifestou que “o combate a este tipo de postura não deve ser motivado pelo receio de punição desportiva (perda de pontos), mas, sim, por uma questão de cidadania e respeito ao próximo e cumprimento da lei. Preconceito é crime”.


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O Vasco tenta evitar que o caso resulte na perda dos pontos obtidos com a vitória por 2 x 0 sobre o São Paulo. A partir desta rodada, o STJD pode punir clubes nesse sentido com base no artigo 243-G do Código Disciplinar, que trata de “praticar ato discriminatório, desdenhoso ou ultrajante, relacionado a preconceito em razão de origem étnica, raça, sexo, cor, idade, condição de pessoa idosa ou portadora de deficiência”.

O árbitro da partida, Anderson Daronco, relatou o episódio na súmula da partida.

Veja a íntegra da nota do Vasco: Em relação ao episódio registrado na partida deste domingo (25/08) contra o São Paulo, o Club de Regatas Vasco da Gama lamenta e repudia qualquer canto ou manifestação de caráter homofóbico por parte de alguns de seus torcedores. Da mesma forma, a Diretoria Administrativa do Clube manifesta seu pedido de desculpas a todos que, corretamente, se sentiram ofendidos por este comportamento.

O combate a este tipo de postura – iniciado ainda em campo, quando o técnico Vanderlei Luxemburgo, os jogadores, parte da torcida e o próprio Vasco da Gama, através do sistema de som do estádio, clamaram para que os gritos cessassem – não deve ser motivado pelo receio de punição desportiva (perda de pontos), mas, sim, por uma questão de cidadania e respeito ao próximo e cumprimento da lei. Preconceito é crime. E se existe um Clube no Brasil historicamente habituado a levantar a voz contra qualquer tipo de discriminação este é o Vasco da Gama, dono da história mais bonita do futebol. Assim foi com a resposta histórica de 1924; assim é com os cantos que o torcedor vascaíno entoa orgulhosamente na arquibancada enaltecendo a luta do Clube a favor de negros e operários. A plateia de um estádio de futebol e a sociedade de maneira geral passam por um processo de aprendizado e conscientização necessário para que atos de preconceito fiquem no passado – um triste passado, diga-se. A Diretoria Administrativa do Club de Regatas Vasco da Gama compromete-se em promover ações educativas neste sentido junto ao seu torcedor, certa de que encontrará em cada vascaíno um aliado no combate a qualquer tipo de discriminação. O Vasco é a casa de todos.

Diretoria Administrativa


Foto: Mauro Pimentel/AFP/Getty