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Marcos Monteiro·24 de janeiro de 2020

Tribunal mantém juiz benfiquista à frente do caso 'e-Toupeira'

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Águia de Ouro, sócio do Benfica há 50 anos e dono de cadeira cativa no Estádio da Luz, o juiz desembargador Eduardo Pires, um dos responsáveis por julgar o clube encarnado no caso do vazamento dos emails por parte do FC Porto, tinha pedido escusa do processo. Porém, o Tribunal da Relação do Porto determinou que o magistrado permaneça à frente do caso.

Nuno Ataíde das Neves, presidente do tribunal em questão, afirmou que a ligação do magistrado com o Benfica em nada interfere em sua isenção e imparcialidade para julgar o caso.


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“Apesar daquelas circunstâncias objetivas, resultantes de o Juiz ser adepto do clube há dezenas de anos, o Juiz frequenta o Estádio com total anonimato, não conhece pessoalmente qualquer representante dos órgãos societários ou desportivos do Clube, assim como nenhuma destas pessoas o conhece, inexistindo qualquer proximidade ou vínculo de natureza pessoal, seja de amizade ou de inimizade, que possa afetar minimamente a sua isenção e imparcialidade”, afirmou Ataíde ao Jornal de Notícias.

Na decisão divulgada pelo Tribunal da Relação do Porto é ainda afirmado que “o coração não lhe tolhe a razão nem quebra a sua imparcialidade e isenção como juiz”, além de ser reafirmado que o julgamento será liderado por três juízes, e não somente Eduardo Pires.

O FC Porto vai recorrer da decisão junto ao Tribunal Constitucional, informou o jornal A Bola.


Foto: Lars Baron/Getty Images