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Marcos Monteiro·25 de novembro de 2019

Retrospectiva da Libertadores: do pontapé inicial à final histórica

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Copa Libertadores da América. O torneio mais desejado entre os torcedores sul-americanos chegou ao fim no último sábado (23). Mas antes da histórica virada do Flamengo para cima do River, em Lima, a paixão pela conquista da América comoveu milhões.

Antes mesmo do início, no dia 22 de janeiro, com a partida da primeira fase eliminatória entre Delfín (EQU) e Nacional (PAR), o campeonato já era histórico: foi no dia 23 de fevereiro de 2018 que a Conmebol anunciou que a partir da edição 2019 o torneio seria decidido em final única.


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Getty Images


Troca de sede e virada histórica

Em meio a uma série de protestos em Santiago, no Chile, a Conmebol se viu obrigada a mudar a sede da final pelo segundo ano consecutivo. Na edição de 2018, quando River Plate e Boca Juniors fizeram a maior final da história do torneio, a confederação tirou o confronto de Buenos Aires e colocou em Madrid, no Santiago Bernabéu.

Este ano a mudança não foi tão brusca: o estádio Monumental de Lima, no Peru, foi escolhido para receber o jogo entre Flamengo e River Plate.

Classificados após passarem por Grêmio e Boca Juniors, respectivamente, brasileiros e argentinos chegaram ao último jogo da competição empurrados por suas massas. Os Rubro-Negros atrás do bicampeonato depois de 38 anos, enquanto os Millionarios queriam o quinto caneco, sendo o segundo consecutivo.

E durante pouco mais de 80 minutos tudo caminhou para o título argentino, o que colocaria Gallardo como um dos maiores – senão o maior – treinadores da história do River Plate. Porém, em um lampejo de Gabigol, o Flamengo encontrou dois gols improváveis, virou o confronto nos minutos finais e sagrou-se campeão da Libertadores 2019.

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Raul Sifuentes/Getty Images


Show no Maracanã e Buenos Aires sitiada

As semifinais deixaram claro que o confronto na final seria entre Brasil e Argentina. Enquanto Grêmio e Flamengo duelavam em uma chave, River Plate e Boca Juniors se encontravam em outra.

Pelas terceira vez seguida na semifinal da Libertadores, tendo sido campeão em 2017, o Grêmio chegou para o confronto contra o Rubro-Negro com leve favoritismo. Porém, o futebol apresentado pelo time de Jorge Jesus na liga nacional deixava claro que o páreo seria duro.

Em Porto Alegre, no confronto de ida, empate em 1 x 1. Gol salvador de Pepê, aos 42 da etapa final, deu sobrevida ao Grêmio e deixou o confronto em aberto para o jogo de volta.

Enquanto isso, no Monumental de Núñez, o River venceu o maior rival por 2 x 0, com gols de Borré e Ignacio Fernández, praticamente garantindo a classificação à final.

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Itamar Aguiar/AFP/Getty Images

O confronto de volta na Argentina correu como o previsto: Boca fez 1 x 0, mas não conseguir inverter o placar. Vitória milionária no agregado e classificação para a final. Foi a 14ª final disputada por Gallardo à frente do River desde 2014. O treinador venceu 10.

No Maracanã, porém, as coisas saíram do controle. Nas arquibancadas o maior público do Flamengo na competição: 69.981 pessoas no Mário Filho viram o Rubro-Negro vencer por 5 x 0 e garantir seu lugar na final.

Dentro das quatro linhas o Flamengo massacrou o Grêmio em uma partida que não será esquecida pelos Tricolores tão cedo.

Resultados das semifinais:

  1. Ida: Grêmio 1 x 1 Flamengo – Volta: Flamengo 5 x 0 Grêmio
  2. Ida: River Plate 2 x 0 Boca Juniors – Volta: Boca Juniors 1 x 0 River Plate

Um dia que poderia ter mudado os rumos

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Rodrigo Buendia/AFP/Getty Images

Das oitavas às quartas de final, os clubes brasileiros e argentinos dominaram os confrontos. Grêmio e Palmeiras avançaram às quartas após vencerem por 5 x 0 e 6 x 2 no agregado, respectivamente.

O Inter, ainda com Odair Hellmann, despachou o Nacional (URU) depois de vencer seus dois confrontos nas oitavas.

Mas um dia poderia ter mudado os rumos da competição. Em sua estreia na Libertadores, Jorge Jesus armou o Flamengo errado (Rafinha jogou de ponta) e perdeu para o Emelec por 2 x 0, fora de casa.

No confronto de volta, com dois gols de Gabigol, o Rubro-Negro conseguiu levar o confronto para os pênaltis. Diego Alves brilhou, defendeu duas cobranças, e garantiu o Flamengo na próxima fase. Por pouco o campeão da Libertadores não caiu ainda nas oitavas de final.

Resultados das oitavas:

Resultados das quartas:


Melhor campanha em vão

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Miguel Schincariol/Getty Images

Tal qual em 2018, o Palmeiras terminou a fase de grupos da Libertadores com a melhor campanha. Em seis partidas, cinco vitórias e uma derrota. Treze gols marcados e apenas um sofrido. Apesar dos números o time de Felipão caiu para o Grêmio em casa, após ter vencido por 1 x 0 em Porto Alegre.

No Grupo D, o Flamengo segurou a vaga nas oitavas na última rodada. O Rubro-Negro foi até Montevideo e ficou em um empate sem gols com o Peñarol. O resultado deixou a dupla empatada com a LDU em dez pontos. A vaga foi decidida nos critérios de desempate e os uruguaios ficaram fora das oitavas.

O Atlético-MG, que chegou à fase de grupos depois de passar pela pré-Libertadores, decepcionou. Com uma campanha péssima, o Galo terminou com quatro derrotas e duas vitórias. Os seis pontos os deixaram em terceiro no Grupo E, atrás de Cerro Porteño e Nacional (URU).

Pelo Grupo G, destaque para a grande vitória do Athletico-PR sobre o Boca Juniors. Jogando na Arena da Baixada, o time de Curitiba venceu os argentinos por 3 x 0, com hat-trick de Marco Ruben.


Em números

Gols marcados: 365

Partidas: 155

Clubes participantes: 47

Artilheiro: Gabigol – Flamengo (9 gols)

Maior goleada: Flamengo 5 x 0 Grêmio e Flamengo 6 x 1 San José


Foto: Getty Images