OneFootball
Onefootball·09 de janeiro de 2018
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Onefootball·09 de janeiro de 2018
Tempo de preparação dos clubes será menor em 2018 por conta da paralização durante a Copa do Mundo.
Para os fãs do esporte mais popular do mundo, 2018 será um ano para assistir muitas partidas. No entanto, por causa da Copa do Mundo e as paralizações por ela causadas nas competições nacionais, o calendário oficial precisou passar por uma adequação. Com isso, os times brasileiros não terão os 28 dias de pré-temporada como em 2017. Esse período foi reduzido para apenas duas semanas até a bola começar a rolar nos estaduais.
Tempo irrisório visto as cobranças que as equipes costumam ter desde o início do ano para jogar bem e conseguir resultados. É preciso, porém, consciência e paciência. Com tão poucos dias de trabalho após um mês de férias é quase impossível ver jogos de qualidade não por conta da qualidade técnica dos principais elencos do país, mas, principalmente, pelo aspecto físico e de ambientação e entrosamento de novos reforços.
Mesmo nos últimos anos, com cerca de um mês de preparação, as equipes mostram que precisam de tempo para chegar ao seu nível máximo. É por isso que vários países da elite do futebol mundial costumam ter entre 45 e até 60 dias só de pré-temporada. Com um período muito maior, os times conseguem ter um período longo para cuidar apenas da parte física e ainda realizam excursões para torneios de pré-temporada em vários continentes.
Nos últimos anos, alguns clubes brasileiros passaram a participar desses torneios amistosos, como a Florida Cup. O tempo curto de preparação, contudo, faz com que cada clube entenda a melhor forma de se preparar e participar da competição. Neste ano, por exemplo, o Atlético-MG não jogará com sua equipe principal nos Estados Unidos.
Campeão brasileiro, o Corinthians, que também participará da Florida Cup, está fazendo um sacrifício para conseguir se preparar da melhor forma possível. O clube adiantou e realizou ainda no ano passado os exames cardiológicos e clínicos dos jogadores que estavam no elenco heptacampeão. Desde a reapresentação, no último dia 3, vem treinando em dois períodos e seguirá com isso nos Estados Unidos, exceto na data dos jogos contra o PSV (HOL), dia 10, e Rangers (ESC), dia 13.
“A gente não tem esse período que tivemos (em 2017) de dez dias para se preparar melhor. O que acarreta isso? Tempo menor, vamos precisar ter mais planejamento, para que a gente acerte nessas decisões de treinamentos, como vai ser… Vamos ter pouco tempo para preparar uma equipe que estreia logo em seguida no Paulista. É ruim pelo fato de você ter de queimar etapas. Seria ótimo se tivéssemos um mês de pré-temporada para preparar melhor, fazer amistosos, os atletas que estão abaixo, você teria tempo para trabalhar. Isso é ruim. Vai ser atropelado para que a gente possa fazer uma boa base”, explicou o preparador físico do Timão, Walmir Cruz.
O problema citado pelo profissional do Corinthians é o mesmo de todos os principais clubes do Brasil. Muitos começarão, inclusive, com seus times alternativos a disputa dos estaduais. São os casos de Grêmio e Flamengo, por exemplo, que terminaram 2017 depois dos outros clubes por conta das disputas do Mundial de Clubes e da final da Copa Sul-Americana, respectivamente.
Por tudo isso, fica impossível cobrar boas atuações. Quem perde é o próprio torcedor que já no primeiro mês assistirá clássicos, como Botafogo e Fluminense, dia 20 de janeiro, pela segunda rodada da Taça Guanabara, Corinthians e São Paulo, dia 27, pela quarta rodada do Paulistão.