OPINIÃO: Defesa continua forte, mas Tite ainda busca acerto no ataque | OneFootball

Tite terá tempo para trabalhar a Seleção Brasileira até a Copa do Mundo de 2022. O treinador soube identificar os problemas da equipe no Mundial e, nesse primeiro momento, mostra que busca resolvê-los.

O principal deles é fazer o ataque funcionar melhor, principalmente nos casos em que o adversário espera a ação brasileira (o que vai ocorrer na maioria dos jogos). O teste com Firmino e Jesus juntos não se mostrou muito efetivo, mas é só na prática que o treinador vai conseguir encontrar possíveis soluções para a dificuldade em furar a defesa adversária.

O que claramente melhorou é a nova postura de Neymar. A evolução, que começou durante a Copa, segue em curso. O camisa 10, e agora capitão, está menos individualista, usando sua qualidade para buscar passes decisivos. Além disso, cai menos, reclama menos, e até dá entrevistas.

Por outro lado, o novo do papel de Neymar em campo vai exigir um ajuste melhor de Coutinho, que não voltou a repetir as boas partidas do início do Mundial, quando ocupava o espaço deixado pelo companheiro. Caberá a Tite dar uma nova forma de jogo aos seus melhores jogadores ofensivos.

Se o ataque ainda vai precisar de tempo, a defesa mostra segurança. Independentemente do gol, Miranda está mostrando que é candidato a seguir entre os titulares por mais algum tempo. Além de muita eficiência, o jogador parece ser peça fundamental na renovação do sistema defensivo. Com Miranda na zaga, fica mais fácil testar outros nomes para atuar ao lado dele.

Entre as novidades, Arthur tem conseguido mostrar em campo todo o futebol que dele se esperava. Com bons passes, visão de jogo, poder de marcação e chegadas ao ataque, o meia do Barça está se credenciando a ser o parceiro ideal de Casemiro na Seleção.

A se lamentar até aqui só o nível da maioria dos adversários enfrentados pelo Brasil e o local determinado para os dois últimos amistosos. É verdade que os acordos com a empresa que negocia as partidas pela CBF foi fechado há mais tempo e a atual direção tem pouco poder de decisão. Mas jogar na Arábia Saudita e contra a Arábia Saudita não valoriza o produto, nem dentro, nem fora de campo.