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Onefootball·30 de março de 2018

O "novo" Thiago Silva ressurge na Seleção Brasileira

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Ex-capitão na Copa de 2014, zagueiro do PSG ganha chance com o técnico Tite nos amistosos contra Rússia e Alemanha e ganha moral com o comandante

Após os dois últimos amistosos da seleção brasileira antes da lista final de Tite para a Copa do Mundo, no meio do ano, alguns jogadores praticamente carimbaram seu passaporte rumo à Rússia. Um exemplo é o zagueiro Thiago Silva, que jogou e agradou bastante nas vitórias sobre os anfitriões do próximo Mundial e a Alemanha. A presença entre os 23 convocados seria, no final de tudo, um grande presente ao “vilão” do 7 a 1, que simplesmente não esteve em campo no fatídico 8 de julho de 2014.


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Desde os tempos de Fluminense, quando surgiu para o mundo do futebol ajudando o clube das Laranjeiras a chegar à final de uma Copa Libertadores, em 2008, Thiago Silva chamou a atenção pela velocidade, inteligência tática e técnica acima da média. Ao se transferir para o Milan, ganhou status de “melhor zagueiro do mundo”, conquistando a Itália e despertando interesse de outros gigantes europeus, como o “novo rico” PSG, seu clube atual.

No entanto, curiosamente, apesar de todas as qualidades e amostras de bom futebol nos clubes, Thiago Silva nunca chegou a ser unanimidade na seleção brasileira. As críticas, no entanto, “subiram de tom” após o 7 a 1, quando o zagueiro passou a ser considerado um dos culpados pelo vexame, apesar de não ter jogado a partida contra a Alemanha, já que estava cumprindo suspensão por ter sido expulso nas quartas de final, diante da Colômbia.

Na verdade, Thiago Silva passou a ser um dos símbolos do fracasso de 2014 por causa do seu choro após a disputa de pênaltis nas oitavas de final da Copa, quando o Brasil derrotou o Chile. No país onde “homem não chora”, o capitão da seleção brasileira cometeu o “pecado mortal” de deixar transbordar suas emoções na frente de todos.

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Assim, após Dunga assumir o comando depois da Copa, Thiago Silva passou a ser descartado. Na “geladeira”, o melhor zagueiro do mundo já não era mais convocado ou, quando era selecionado, ficava entre os reservas. Chegou a reclamar isso publicamente, aumentando sua “estigma de Chorão”. O jogador do PSG, então, adotou o silêncio.

Já sob o comando de Tite, perdeu a posição definitivamente para seu companheiro de zaga no clube francês, Marquinhos, que passou a fazer dupla com Miranda. Porém, Thiago Silva recebeu mais uma – talvez a última – oportunidade. Deveria enfrentar a Rússia e os alemães no último teste, substituindo Marquinhos, que jogou a maior parte das Eliminatórias ao lado de Miranda. Como esperado, não decepcionou.

Se mantiver as boas atuações neste fim de temporada no PSG, quando enfrenta somente os clubes franceses, já que foi eliminado pelo Real Madrid, Thiago Silva tem 99,9% de chances de estar presente na lista final de Tite para a Copa do Mundo. Ser titular ou não no Mundial é mais uma dura tarefa para o zagueiro, que já deu muitos exemplos que não se deve desistir nunca.