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Nathalia Araújo·27 de outubro de 2017

Ministério Público ainda investiga interdição do Nilton Santos

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A denúncia apresentada pelo Botafogo contra o ex-presidente Maurício Assumpção pode trazer à tona novos fatos e mudar o rumo da investigação.

A história parece não ter fim. A cada dia, o caso da interdição do Estádio Nilton Santos, em 2013, ganha um novo capítulo – especialmente após o Botafogo apresentar uma denúncia contra Maurício Assumpção, alegando que o ex-presidente teria feito um empréstimo de R$20 milhões com a Odebrecht em condições suspeitas.


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Paralelamente à denuncia do clube, o Ministério Público ainda investiga o episódio do fechamento do estádio e aguarda a manifestação do Tribunal de Contas do Rio de Janeiro para concluir o caso.

A procuradora estadual Gláucia Santana, que está à frente da investigação desde 2013, chegou a descartar o benefício de terceiros como motivo para a interdição. Entretanto, um eventual inquérito baseado na denúncia do Botafogo pode dar novos rumos ao processo.

De acordo com Gláucia, falta pouco para a investigação ser concluída e o MP está analisando de quem foi a responsabilidade pelas falhas na obra da cobertura – o motivo alegado para o fechamento do estádio e de um gasto extra de mais de R$100 milhões para reforma.

Procuradora não sabe afirmar se interdição foi necessária

O ponto central da questão é saber se realmente houve a necessidade de suspender as atividades no Nilton Santos. Entretanto, com laudos diferentes, ninguém parece saber a resposta dessa questão.

Em 2013, a alemã SBP (Schlaich Begerman und Partner) apontou o risco de queda do teto com ventos acima de 63km/h. O Crea-RJ também indicou um erro de projeto e montagem do estádio e a cobertura foi então reforçada por 1.500 toneladas de aço.

Entretanto, um em estudo feito pela DFA Engenharia e pela Controlatto, em 2016, concluiu que a interdição não era necessária e que a cobertura do estádio não apresentava risco de queda.

“É complicado. Eu tenho duas correntes que trazem pareceres de juristas e técnicos. Um diz que a interdição foi necessária, outro, não. Há uma série de questões técnicas de engenharia. O município tomou as providências, criou uma comissão. Confesso que do ponto jurídico tem pareceres de bons juristas a favor de um e de outro. O Consórcio RDR diz que não praticou erro. A Prefeitura diz que havia risco. Eu não consigo provar o desejo de fraude. Se isso surgir, posso rever minha posição. Ainda não é definitiva. Aguardo a resposta do Município”, afirmou a procuradora Gláucia Santanta.