Kobe Bryant, a lenda que era fã de futebol e se arriscou no esporte | OneFootball

Os amantes do esporte, principalmente os do basquete, foram surpreendidos com a notícia da trágica morte de Kobe Bryant neste domingo (26), após a queda de um helicóptero na região de Calabasas, na Califórnia. Lenda do basquete, ele era um grande fã de futebol.

O acidente ainda levou a vida de Gianna Maria, de 13 anos, uma das quatro filhas do eterno astro do Lakers, que tinha 41 anos. A polícia de Los Angeles confirmou que todos os nove passageiros morreram.

Pouco depois, o Orange Coast College divulgou que o técnico John Altobelli, sua mulher, Keri, e sua filha, Alyssa, estavam entre as vítimas.

Um verdadeiro mito no Lakers

Selecionado no draft de 1996 com apenas 17 anos pelo Charlotte Hornets, logo foi trocado para o Los Angeles Lakers – o que já estava acertado entre as equipes.

E fez história pelo time da Califórnia até 2016. Foram cinco títulos da NBA (2000, 2001, 2002, 2009 e 2010), dois vices e duas medalhas de ouro com os Estados Unidos nas Olimpíadas de 2008 e 2012.

Kobe levou até o Oscar de melhor curta-metragem de animação por “Dear Basketball“, em 2018.

Foto: AFP/AFP via Getty Images

Torcida pelo Milan e tentativa no futebol

Kobe morou na Itália durante a infância (dos seis aos 12 anos) já que seu pai jogava no basquete italiano. Foi durante esse período que tomou gosto pelo Milan de Arrigo Sacchi.

“Quando eu era pequeno, via Gullit, Rijkaard, Van Basten, Maldini. Sempre foi meu time favorito”, disse à TV Milan.

O futuro astro do basquete bem que tentou ir longe no futebol, mas não teve êxito. Pela estatura, começou como goleiro, mas logo foi para a linha.

“Eu não era nada espetacular. Eu tinha momentos em que fazia coisas loucas que realmente não eram de propósito. Eu fazia uma grande jogada sem intenção”, falou ao Chicago Tribune.

A forte ligação com o futebol fez Kobe ser um grande fã do esporte. Sempre que tinha oportunidade, tirar fotos com craques. Foi assim como Ronaldinho, Totti, Balotelli, Iniesta, Neymar, Henry, Gerrard e muitos outros. Ganhava camisas e retribuía com as suas.

Visitas ao Brasil

O astro dos Lakers visitou o Brasil duas vezes. Na primeira, em 2013, esteve com Oscar e assistiu ao jogo entre a Seleção Brasileira e a Itália, pela Copa das Confederações. Tirou fotos com Neymar, Daniel Alves e Balotelli, por exemplo.

Já em 2014, veio ao país na época da Copa do Mundo para eventos de seus patrocinadores. E, claro, curtiu o Mundial. Assistiu, por exemplo, aos 5 x 1 da Holanda sobre a Espanha e viu jogo da seleção norte-americana.

“Eu sou americano, e, logicamente, estou torcendo para os EUA nessa Copa. Só que o Brasil é uma seleção que eu admiro muito”, disse ao GloboEsporte.com na época.

Oscar Schmidt era seu ídolo

Bryant tomou gosto pelo basquete por seu pai ter sido atleta. Mas o fato de Oscar Schmidt, o maior nome do Brasil, ter atuado na Itália quando Bryant morava no país ajudou. O Mão Santa foi a sua primeira grande referência no esporte.

“Quando comecei a jogar basquete queria ser Oscar Schmidt. Oscar era o cara quando eu era criança. Ele estava jogando na Europa e marcava 35, 40 pontos toda noite. Ele era uma máquina. Me lembro de vê-lo jogar e dizer: ‘cara, se eu arremessasse assim…”, disse Kobe, para completar:

“Ele e meu pai eram muito parecidos nisso, os dois eram muito altos e sabiam chutar bem. Eu era um grande fã de Oscar”, destacou.

Foto destaque: Rob Carr/Getty Images