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Marcos Monteiro·03 de julho de 2019

Da redenção de Jesus, à final: o melhor Brasil da Copa América

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Brasil e Argentina sempre começa antes do apito. A torcida brasileira, que se aglomerou nos arredores do Mineirão horas antes da partida viu de perto o melhor jogo da Copa América. Se o Brasil não marcou cinco gols, como fez contra o Peru, se entregou taticamente. A Argentina, que não vinha jogando bem, quis mudar o rótulo.

Messi tentou buscar o jogo. Teve alguns lances dignos de seu futebol e levou perigo. Em cobrança de falta colocou a bola na cabeça de Agüero. Em outro, deixou o atacante sozinho dentro da área. Não fosse por Alisson, o camisa 10 teria marcado de falta o gol que poderia ter mudando a partida.


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Mas a bola não entrou. Do outro sim, duas vezes.

Dani Alves mostrou mais uma vez porquê pode – deve – levar o prêmio de melhor jogador da copa. Foi em uma jogada individual do lateral – com direito a chapéu e argentino no chão – que saiu o primeiro gol.

Firmino trocou de lugar com Jesus e recebeu pela direita. Se o camisa 30 estava pelo lado, então o 9 foi para o meio. E ficou livre para receber um passe redondo do jogador do Liverpool. Foi o primeiro gol de Jesus em partidas oficiais desde outubro de 2017.

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O coletivo funcionava do lado canarinho. Quando Thiago Silva escorregou e deixou Agüero livre para finalizar, Marquinhos fez a cobertura. Com a defesa em sintonia, o Brasil chegou à final sem ter sofrido gols.

Everton fez um primeiro tempo discreto e não voltou para o jogo depois do intervalo. Em seu lugar Tite colocou Willian. Com o jogador do Chelsea pela direita, Jesus caiu pela esquerda, e foi por ali que arrancou para o segundo gol.

O atacante recebeu no meio e disparou. Brigou pela bola, chegou na área e teve a frieza de cortar seu último marcador antes de deixar Firmino sem condições de errar.

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Mapa de calor de Gabriel Jesus durante a partida (Sofascore).

Se o Brasil tem carências no meio, sem Neymar e com Coutinho discreto, Dani Alves assumiu a responsabilidade. Com uma vitalidade que nem de longe demonstra seus 36 anos, o camisa 13 arma a Seleção a partir da lateral. O que justamente por ser improvável, pega o adversário de surpresa.

Daniel Alves teve outra partida excepcional. Com 88% de aproveitamento nos passes, o lateral acertou todos os dribles que tentou (5) e conseguiu três cortes de bola, em três tentativas.

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Mapa de calor de Daniel Alves (Sofascore)

O resultado contra a Argentina é o mais significativo da Copa América para a Seleção. E o time esteve melhor do que ante o Peru. Na final, contra Chile ou – novamente – os peruanos, o Brasil chega renovado.

E, além da classificação, os comandados de Tite garantiram um grande reforço para a decisão do próximo domingo: a torcida.