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André Gonçalves·25 de abril de 2018
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André Gonçalves·25 de abril de 2018
A revista alemã Der Spiegel revela mais pormenores sobre a investigação sobre a alegada fraude fiscal do atleta português.
Segundo a Der Spiegel e citando as descobertas do Football Leaks, Cristiano Ronaldo teria usado vários paraísos fiscais para esconder dinheiro do fisco espanhol, algo que lhe poderá valer até 7 anos de prisão.
No total, conforme relatado pela publicação alemã, o jogador terá alegadamente recebido cerca de 150 milhões de euros em direitos de imagem e publicidade entre 2009 e 2014. O atleta terá declarado somente 4% desse valor, o que corresponde a apenas 6 milhões de euros de impostos, um valor muito abaixo do exigido pela lei.
Para o efeito, o Der Spiegel revela que Ronaldo terá, alegadamente, utilizado offshores “estacionadas” na Irlanda e Ilhas Virgens Britânicas, bem como um pequeno banco suíço e uma fundação no Panamá. A publicação reporta ainda o envolvimento de uma holding no Luxemburgo e de um fundo fiduciário sediado na Ilha de Jersey.
Embora o nome do astro português não apareça nos documentos oficiais das empresas – aparecem apenas ‘administradores’ – que, segundo o Der Spiegel, atuariam como “testas-de-ferro” de Cristiano Ronaldo. O nome da empresa Private Trustees, por exemplo, aparece regularmente, sendo que essa firma tem como ‘único beneficiário’ Cristiano Ronaldo.
As empresas offshore não são ilegais, desde que os impostos sejam devidamente pagos, algo que – alegadamente – Cristiano Ronaldo não terá feito.
Em sua declaração de impostos de 2015 – de acordo com o documentos facultado pelo Football Leaks – Ronaldo não terá declarado o Fundo Fiduciário com sede na Ilha de Jersey.
Os documentos do Football Leaks revelam que o agente português tem vários processos em curso em diversos países europeus. Em agosto de 2017, investigadores do fisco de Portugal teriam se reunido com colegas de Espanha, Reino Unido, Irlanda, Chipre e Holanda, por forma a clarificar a situação financeira de Jorge Mendes.
Os inspetores do Fisco terão feito um inventário das empresas, participações e fluxos de caixa de Jorge Mendes. Segundo o Football Leaks, ter-se-á calculado que Mendes realizou transações avaliadas em 1.300 milhões de euros com suas transferências durante esse curto período.