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Alexandre Fernandes·22 de novembro de 2019

Celso Barros revela mágoa com Mário: 'Super-homem e faz o mínimo'

Imagem do artigo:Celso Barros revela mágoa com Mário: 'Super-homem e faz o mínimo'

No dia seguinte à entrevista do presidente Mário Bittencourt, em que anunciou que iria acumular as funções de comando do departamento de futebol, deixando Celso Barros afastado até o fim de 2019, o vice-presidente geral do Fluminense se manifestou.

Em uma espécie de entrevista coletiva, concedida em sua casa, no Rio de Janeiro, Celso Barros rebateu todos os pontos tocados por Mário Bittencourt. O vice-geral do Tricolor revelou muita mágoa com o presidente e deixou em dúvida se voltará ao departamento de futebol na próxima temporada.


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“Não vai cair (para a Série B). A culpa de ficar em 15º ou 16º será de todos. Do Abad, Mario, eu, de todos nós. Todos serão culpados. Não ficará bonito para ninguém. Se o presidente quiser colocar a fantasia de super-homem por fazer o mínimo de um time grande, tudo bem. Foi uma campanha (eleitoral) bonita, uma vitória linda e queria reafirmar minha tristeza de estar nessa situação, como tricolor. O Fluminense não merece isso”.

“Não vou deixar a vice-presidência, quero deixar claro. Vou me manter vice-geral, no futebol, essa tal conversa de fim de ano, estou refletindo muito, talvez nem precise. Nesse modelo, não me interessa. Eu não pude fazer nada. Ele vai dizer que trouxe Lucão, Orinho… todos no clube sabem como foi feito, e ele participou, como presidente, dono da caneta, claro, para dizer que me deu autonomia. Mas não havia. Eu disse que estava me sentindo injustiçado”.

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Foto: Miguel Schincariol/Getty Images


Celso Barros ainda explicou que não pediu a demissão de Marcão, comentou a “indelicadeza” de ter sido barrado das viagens para São Paulo e Porto Alegre e voltou a criticar o personalismo do presidente do Fluminense.

“Não pedi a saída do Marcão em momento algum. Quando eu disse na publicação que mudanças nem são ruins, até pelo Marcão: saímos do Oswaldo para ele e melhorou. Ele tem um aproveitamento bom. De repente com ele estaríamos livres hoje, se projetássemos os números, provavelmente estaríamos. Mas no futebol não tem provável, é dinâmico, a vida é assim, cheia de altos e baixos. Eu também não opinei nem que sim nem que não sobre sua efetivação. E o presidente disse que chancele”.

“Começa a questão de atrapalhar o vestiário e nem os e-tickets são expedidos para mim. Eu tinha direito de ir ao clube se quisesse pela minha parte ou pela credencial. É uma indelicadeza na minha opinião. Além da ligação ao futebol, do compromisso político, tinha também a intenção de exercer a vice do futebol. Por mim pode me proibir, não que ele possa me tirar do clube, do CT, mas não faço questão de ir a vestiário. Meu prazer não é esse, é ver o Fluminense vencer, como venceu na minha passagem. Desde que a Unimed saiu, o clube fica sempre na segunda página”.

“Primeiro modelo de relação entre presidente e o vice. Entendo a questão da hieraquia. Ideia do sócio foi minha, fora do Rio. Economia está fraca. Quem vai colocar dinheiro no futebol? Esse modelo de patrocínio é muito difícil. Por isso eu disse em um evento: se tivermos 100 mil sócios pagando 30 reais, teremos R$ 3 milhões por mês. É mais do que qualquer empresa vai pagar. Agora ele diz que a ideia é dele”.


Foto: Lucas Merçon/Fluminense F.C.