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Luiz Signor·02 de dezembro de 2019

As inovações de Jorge Jesus no Flamengo campeão

Imagem do artigo:As inovações de Jorge Jesus no Flamengo campeão

Jorge Jesus só precisou de 34 jogos à frente do Flamengo para conquistar a Libertadores e, no dia seguinte, o Brasileirão. Mas o treinador português de 65 anos é muito mais do que um profissional que precisou de pouco tempo para fazer história.

Os ‘truques’ de JJ

Intensidade, orientações e tecnologia. Esses foram os três pilares dos treinamentos comandados por JJ, algo visto desde o primeiro, no dia 20 de junho. Teve drone, o “carrinho tático”, novo corte de grama no CT rubro-negro e marcações diferentes no gramado.


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O drone comandado por membros da equipe de análise de desempenho do clube passou a filmar as atividades pelo alto, o que facilita a correção do posicionamento dos jogadores.

O carrinho leva uma prancheta acoplada que entra em campo levando instruções aos atletas ou somente água para hidratação – o que ele copiou de Marcelo Bielsa.

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Jorge Jesus pediu para o Flamengo diminuir em quatro milímetros a altura da grama para fazer a bola correr mais, deixando a troca de passes mais velozes. Houve, ainda, novas marcações no gramado, o que passou a ajudar no posicionamento dos jogadores.

O técnico não deixa de fazer uma cobrança quando acha pertinente. As conversas com Reinier e Rodrigo Caio logo após o término de jogos chamaram a atenção. Se acomodar com um bom desempenho? Nada disso. Ele dificilmente está satisfeito.


Inspiração em Cruyff

JJ se inspirou em Johan Cruyff, que foi sua referência como jogador e, depois, técnico. Fez um estágio no Barcelona ao lado de um dos mitos do futebol, mas garante que não lê livros sobre futebol. Busca referências em outros esportes e faz questão de dizer que seus treinos e ideias foram elaboradas por ele próprio.

“Como treinador, você tem de ser muito criativo. Eu não leio um livro sobre futebol, um treinador tem de ser criativo”, disse o Mister em entrevista ao site da Copa Libertadores ainda em agosto.


Potencializou muitos atletas

Pablo Marí precisou de pouco tempo para afirmar que o treinador rubro-negro “mudou a sua vida”. E o espanhol não foi o único a mostrar um grande futebol graças ao treinador.

Gerson precisou de pouco tempo para cair nas graças da torcida, dominando o meio de campo. A adaptação do camisa 8 foi quase que instantânea. JJ disse que não entendeu como deixaram o meia voltar ao futebol brasileiro.

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Bruno Henrique já vinha em alta, mas se tornou ainda mais letal com a chegada do treinador. Sua média de gols passou de 0,48/jogo para 0,65, por exemplo.


Poupar titulares?

Renato Gaúcho não teve receio de preservar seus titulares em boa parte do Brasileirão, priorizando a Copa do Brasil e, depois, a Libertadores. Já Jorge Jesus fez o contrário. O seu Flamengo atuou sempre com a melhor escalação possível. Rafinha e Filipe Luís, por exemplo, foram poupados em poucos jogos.


Ofensividade e mobilidade

O estilo de Jorge Jesus fez com que o quarteto Gabigol, Everton Ribeiro, Bruno Henrique e Arrascaeta se movimentasse em campo de forma incessante. O número de possibilidades de gol cresce, além de garantir mais opções de passes pelas laterais. E o Rubro-Negro passou a contar com atletas de alto nível no setor.

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O jogo do Flamengo é quase sempre vertical, de um time que sai da zona de conforto e busca o ataque de forma natural. O jogo coletivo que JJ garantiu ao Rubro-Negro fez toda a diferença.


Foto destaque: Bruna Prado/Gety Images