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Matheus Palmieri·30 de novembro de 2019
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Matheus Palmieri·30 de novembro de 2019
A Euro de 2020 está perto de ter sua cara ser definida. Com apenas quatro vagas em aberto que serão definidas pelos play-offs, os caminhos das seleções para a conquista continental estão traçados. O Onefootball, então, analisa os grupos da segunda maior competição de seleções do mundo, a famosa “Copa do Mundo sem Brasil e Argentina”.
Em meio ao seu renascimento, a Itália caiu em grupo bem equilibrado. Após ficar de fora da última Copa do Mundo, a equipe de Roberto Mancini terá a Suíça como principal adversária em busca do topo da chave – até porque os suíços estão à frente dos italianos no ranking da Fifa, por exemplo. Apesar de seguir buscando voos mais altos nas competições, o time de Xhaka e Seferovic pode dar trabalho principalmente pelo ferrolho defensivo.
Por outro lado, Gales vem em franca evolução. Tendo Bale e Ramsey como principais expoentes técnicos, a equipe britânica ainda conta com o ídolo Ryan Giggs no banco para tentar surpreender. E apesar de a Turquia ter uma maior representação nas grandes ligas, como Çalhanoğlu, do Milan, e Ünal, do Everton, deve ser zebra na competição.
E parece que a BOA GERAÇÃO belga terá caminho tranquilo até a fase de mata-mata. Podemos até argumentar que a Dinamarca tem bons jogadores, como Eriksen e Schöne no meio, ou que a Rússia poderá voltar a surpreender como na Copa do Mundo, mas é muito improvável que Hazard e companhia não passem o trator. A Finlândia, estreante em competições continentais, concorre forte ao “Prêmio Islândia de Carisma” desta edição da Euro.
Outra equipe que vive uma restruturação, a Holanda terá também um caminho tranquilo até as fases seguintes. Após o vice-campeonato da Liga das Nações e com uma grande campanha nas eliminatórias, os holandeses devem sobrar assim como os belgas no grupo anterior. Sendo assim, Ucrânia e Áustria brigam pela segunda colocação com certa vantagem para os ucranianos, uma vez que a geração vem de uma maior participação do europeu.
Para definir a última vaga, Geórgia, Belarus, Macedônia do Norte e Kosovo brigam pelo posto de patinho feio da chave. Eu apostaria em Kosovo, mas qualquer uma que passar deve apenas passear pela competição.
“It’s coming home”. Foi com esse bordão que a Inglaterra chegou até as semifinais da Copa do Mundo de 2018. Perdeu para a Croácia em um jogão e, quiseram os deuses do futebol, que o duelo se repetisse cerca de dois anos depois. Sempre postulante a uma das grandes seleções do mundo, os ingleses terão justamente que provar que amadureceram para o futebol contra quem eliminou o sonho de um bi-mundial. E lembrando, claro, que a geração croata está um pouco alterada passados quase 18 meses do vice-campeonato.
No mais, a República Tcheca pouco deve fazer na chave, que ainda contará com Escócia, Israel, Noruega ou Sérvia, esta provável classificada).
A Espanha precisará superar seus próprios problemas para triunfar no grupo. Em meio à polêmica do retorno de Luis Enrique, a equipe ibérica não perdeu nas eliminatórias e terminou as duas últimas rodadas marcando 12 gols e não sofrendo nenhum. Na briga pelo segundo posto, a Suécia – a mesma que surpreendeu a Alemanha na Rússia – disputa com a Polônia – que decepcionou na Copa do Mundo.
Por fim, Bósnia, Irlanda do Norte, Eslováquia e Irlanda brigam pela última vaga. Os irlandeses levam vantagem na análise do OF.
Vocês que lutem para fazer qualquer prognóstico deste grupo. O atual campeão da Europa e os dois últimos do Mundo. Portugal evoluiu bastante desde a última Eurocopa não só dependendo de Ronaldo para vencer seus confrontos. Já a França segue sendo uma potência, principalmente sob a batuta de Mbappé. A Alemanha, por outro lado, precisou mudar após a péssima campanha na Copa do Mundo e tem em Gnabry seu principal destaque.
Islândia, Romênia, Bulgária e Hungria disputam a última vaga e provavelmente uma eliminação tardia. Torcemos pelos islandeses para ter aquela festa que marcou a Euro na França.
Foto: Dean Mouhtaropoulos/Getty Images