🔥Esquenta River x Boca: relembre como foi a histórica final de 2018 | OneFootball

Quando o Boca Juniors eliminou o Palmeiras, e o River Plate deixou o Grêmio pelo caminho, a Argentina já estava em êxtase: a Libertadores 2018 seria decidia pelo maior Superclássico da história.

Com contornos dramáticos, impossíveis de serem imaginados nas melhores películas de Darín, o futebol não decepcionou.

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A ida

Com a melhor campanha, o River Plate tinha o direito de decidir no Monumental de Núñez (o que nunca aconteceu), portanto o primeiro jogo foi em La Bombonera.

Marcada para o dia 10 de novembro, a partida foi adiada. Fortes chuvas castigaram o gramado da Bombonera e o árbitro chileno Roberto Tobar declarou que o campo não estava em condições de jogo.

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O confronto aconteceu no dia seguinte. Benedetto e Ábila marcaram para os donos da casa, mas viram Pratto e Izquierdos (contra) deixarem o placar igual e a disputa pelo título em aberto.

Caos em Buenos Aires

A Delegação do Boca chegava ao Monumental de Núñez para a grande decisão no dia 24 de novembro. Porém, nas ruas de acesso ao estádio, torcedores do River Plate receberam os rivais com pedras.

As janelas do ônibus foram quebradas e os braços e os rostos de alguns jogadores atingidos pelos estilhaços. Na tentativa de controlar a confusão, a polícia usou gás de pimenta, que acabou também atingindo os jogadores xeneize.

Ivan Pisarenko/AFP/Getty Images

Diversos atletas do Boca foram encaminhados ao hospital. Pablo Pérez, capitão do time, atingido no olho foi a situação mais grave.

Juan Mabromata/AFP/Getty Images

A Conmebol teria então adiado a partida em algumas horas. Disse então que o jogo seria no dia seguinte.

Na manhã do dia seguinte, o Boca Juniors solicitou à Conmebol a suspensão da partida, alegando que seus jogadores não estavam nas mesmas condições dos rivais.

Alejandro Domínguez, presidente da confederação, confirmou que a partida seria adiada para “preservar a igualdade esportiva”.

Três dias após a data original do jogo, e depois de se reunir com os presidente de Boca e River, Domínguez confirmou que a decisão seria fora da Argentina.

Briga nos bastidores

O presidente do Boca, Daniel Angelici, declarou que não estava nos planos do clube disputar uma final fora da Argentina. Ameaçou ainda ir ao CAS – juizado máximo do futebol mundial – caso seu time não fosse declarado campeão do torneio. Nada disso aconteceu.

Após uma série de países se oferecerem para sediar o confronto – dentre eles o Brasil – a Conmebol confirmou que a partida seria em Madrid, no Santiago Bernabéu, no dia 9 de dezembro.

A confederação ainda afirmou que iria arcar com os custos de transporte para até 40 pessoas por delegação de cada clube.

Um dia após a decisão, os dois clubes protestaram contra a disputa na Espanha. O Boca alegou que não havia mais clima para a final. O River disse que não haveria igualdade de condições, uma vez que não pôde disputar um jogo em seu estádio.

Apesar de insatisfeitos, os times embarcaram rumo ao Bernabéu com grande festa de suas torcidas em Buenos Aires.

A volta

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Darío Benedetto (hoje no futebol francês), colocou os xeneize na frente ao fim do primeiro tempo. O River empatou com Lucas Pratto e levou o confronto para a prorrogação.

No início do tempo extra, o lance que praticamente definiu a partida: Barrios chegou com força excessiva em Palacios. O jogador do Boca recebeu o segundo amarelo e consecutivamente o vermelho. Com um homem a menos o Boca Juniors recuou e o River Plate pressionou.

Quintero acertou lindo chute da entrada da área e virou para os Millonarios. Ao fim da prorrogação Pity Martínez fechou o caixão e garantiu o título para o River.

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Após uma final histórica, dentro e fora de campo, River e Boca se preparam para definir um dos finalistas desta edição da Libertadores.

A confronto de ida será disputado nesta terça-feira (1), no Monumental de Núñez (esperamos), às 21h30 (Brasília). O jogo de volta será no dia 23 de outubro, em La Bombonera.

Foto de destaque: Denis Doyle/Getty Images